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matilda — 12 de março de 2019

O CORPO, A MATÉRIA E O ESPAÇO

Para a Matilda 2019 começou com uma busca sobre a formação individual da espiritualidade, como as pessoas se relacionam com suas crenças e os limites do que é sacro.

Agora, nos voltamos para o corpo, tudo aquilo que se comprime e se expande sob a extensão da derme: gordura, músculos, ligamentos, vasos sanguíneos, veias, ossos, estômago e desejo.

Continuando essa busca por um entendimento maior das partes que nos constituem, durante os meses de março e abril, os conteúdos da Matilda irão explorar o Corpo propondo uma ruptura estética e filosófica de padrões e medidas. A quebra da imagem estipulada como o “corpo perfeito” possibilita um rico caleidoscópio de formas humanas, incomparáveis em sua singularidade. É esse olhar artístico e acurado que a Matilda irá propor em suas editorias.

A Matéria, ou seja, o insumo para nossos textos e vídeos, são as personagens especiais que irão integrar nossas redes.

Em Gentes, buscamos o plural. Aos 32 anos, Thaís Mayume, ou Mayume Maldita, se divide entre a responsabilidade de coordenar a edição de vídeos em um canal de TV aberta e editar filmes de alt-porn, ou pornô alternativo, filmes que fogem às regras impostas pela indústria do entretenimento adulto. Ativista da aceitação dos corpos, Mayume é defensora de uma sexualidade positiva via pornografia e ajudou a construir o festival PopPorn.

Nossa segunda Gentes desconstrói a moda enquanto reinventa a si. Vicente Perrota, ou Vicenta, é estilista/ativista. Fundadora do ateliê TRANSmora, uma ocupação dentro da Unicamp, Perrota produz elaboradas criações que reaproveitam materiais, reciclam conceitos e brilham nos corpos – todxs eles.

Também batemos um papo com Dudx — a.k.a Eduardo Araúujo. O artista performático desafia definições simplistas com sua produção. Questiona o corpo e suas possibilidades; cria, monta e elabora personas. Junto ao Grupo Pineal, Dudx atuou na última Bienal de São Paulo.

Questionando e quebrando paradigmas profissionais, o nosso Fundo Verde traz duas convidadas com muito conteúdo. Publicitária, diretora de arte e mulher transgênero, Neon Cunha tem muito a dizer sobre o mercado de comunicação e a descolonização do corpo, esse instrumento capaz de provocar e contestar opressões.

Por fim, e não menos importante, chegamos ao Espaço. E quando falamos de espaço estamos nos direcionando à Matilda Casa, lugar físico onde nossas editorias se tornam experiências sensoriais. Nossa Colab recebe Leo Paixão – que já contou sua história para o Gentes aqui. Com a ocupação CASA CORPO, Paixão irá explorar o espaço da Matilda e desenvolver diversas parcerias e estudos. O resultado disso poderá ser acompanhado em nossas redes, no Diário De Uma Paixão, e in loco, nos eventos da Casa.

Siga os perfis da Matilda para não perder nenhum desses conteúdos. Se ainda não alcançamos a liberdade das formas e expressões corporais, essa seleção de gentes talvez aponte um caminho interessante para lidarmos melhor com o nosso corpo – e o corpo do outro.