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matilda — 7 de outubro de 2019

Da ressignificação do corpo ao pulsar criativo de Dudx

Após uma intensa temporada de atividades no Ouvidor 63, Dudx chega na Matilda Casa como artista ilustre e residente durante o mês de outubro. Ele já vem transitando há algum tempo pelo nosso espaço através de diálogos, trocas e experiências performáticas com outros artistas, como Renan Soares, Enantios Dromos, Pri Mastro, Gabriel Massan e Le Circo De La Drag

Agora, para a Residência na Matilda, ele traz seu trabalho ressignificado em um processo híbrido para os formatos de vídeo, pintura, performance e fotoperformance como uma maneira de expor a sua arte, a qual já vem desenvolvendo há aproximadamente 5 anos. 

Além das exposições e performances, Dudx oferece três oficinas com colabs: de Performance – Corporeidades estranhas e monstruosas; Upcycling e estamparia, com FKawallys; e de Colagem e assemblage, com Felipe Chianca.

 

Veja no vídeo abaixo a apresentação do artista e o que ele irá trazer por aqui: 

                           

 

A grande obra 

A Matilda recebe a primeira exposição individual de Dudx, que será montada durante a sua Residência na Casa.  

“O maior desafio será montar uma exposição com o material que já tenho produzido, pois tenho muito material querendo ser exposto esperando há muito tempo, aguardando o tempo certo. Vou dedicar em ocupar as paredes que estão brancas e tornar o espaço ao mesmo tempo expositivo, interativo e ainda caber uma performatividade, esse é o desafio mais forte aqui”. 

O processo de criação de Dudx começou com performances de drag, depois experimentou o corpo como uma plataforma de pinturas e a construção de indumentárias. Suas performances eram realizadas na Festa Estranha, que ele mesmo produz, e foca nos corpos estranhos e fora do padrão de beleza estético super consumível. 

Após passar por duas residências artísticas, seu processo criativo foi se modificando e, com o tempo, o artista incorporou outras formas de expressão. Primeiro, surgiu a parceria com fotógrafos de moda, que contribuiu para a construção da fotoperformance. Outro caminho foi buscar o trabalho com esculturas para criar o “Le com Cre”. Esse projeto se deu com um sentido de passar para um objeto o que estava no seu corpo. 

Logo em seguida, durante a sua segunda residência, surgiu uma outra necessidade de aproveitar os espaços, criar algo plástico, pintar um quadro, uma tela, transformar e ressignificar objetos. E é sobre esse tempo e esse tipo de experimento que Dudx chega para ocupar a Matilda Casa e continuar o seu processo criativo. 

A abertura da exposição de Dudx na Casa acontece no dia 17/10. Até lá, muita coisa vai acontecer no nosso Instagram e Facebook, não deixe de acompanhar!