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matilda — 1 de novembro de 2019

Novembro e cultura negra: resgate permanente

Novembro chegou e, mais do que em qualquer época do ano, a temática racial vira pauta por todos os cantos. É neste período que as agências se apressam para fazer campanhas que tenham o protagonismo de Zumbi e do movimento negro, mas por que esse interesse neste universo geralmente permanece no espaço dos 31 dias? No ensejo dessa discussão, Matilda se propõe a abordar o tema com todas as suas nuances de mercado e, consequentemente, históricas. 

Em Fundo Verde, dois importantes agentes do movimento negro mandam a real sobre temas urgentes não apenas para a dinâmica do mercado publicitário em si. A empresária Monique Evelle fala sobre a angústia atual das grandes agências por não conseguirem oferecer um benefício que vai muito além da remuneração: felicidade. Já o cientista político e produtor cultural Marcio Black fala sobre ativismo digital e a dificuldade das marcas para ir além do óbvio com seu público alvo. 

Já em Ilustres, Kety Kim Farafina – que já esteve conosco em outubro para mostrar o poder do sagrado feminino africano em sua imersão -, permanece na casa, mas desta vez para mostrar o acervo artístico que elaborou em sua expedição no Oeste Africano. Vai ser a primeira vez que a artista expõe suas obras inspiradas na potência da ancestralidade africana. 

No projeto Quinteliê, a atriz Indira Nascimento fará a leitura do texto “Apnéia”, do dramaturgo paulista Jarbas Capusso. Após a leitura que possui formato de monólogo, a atriz abre espaço aos presentes para debater pontos interessantes da obra. Ainda no universo teatral, a atriz Sol Menezzes também marca presença na casa no mês de novembro para uma oficina cênica focada em jovens negros e periféricos. 

Para celebrar o aniversário de um ano de seu livro “Café”, Dona Jacira fará uma curadoria especial na programação de Matilda, pautada por assuntos presentes na obra. Divididas nas temáticas Preparo, Conversa, Tradição e Ritmo, as atividades convidam o público a um mergulho intenso e profundo sobre o poder feminino e a cura por meio das plantas. “Eu gostaria de falar sobre o desenvolvimento humano para fortalecer o combate às violências das mulheres no mundo”, explica. 

Já em dezembro, fechamos o ano com uma Feira de Ilustres, convidando todos os artistas que já passaram pela Casa para vender suas obras e produtos. Por um Natal com mais arte!

2019 não tem sido fácil, mas podemos finalizar esse ciclo de uma maneira linda, não é mesmo? Como diria o incrível estilista Isaac Silva, acredite no seu axé e acompanhe Matilda nas redes sociais para acompanhar a programação completa da casa.