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matilda — 1 de novembro de 2018

NENHUMA PESSOA A MENOS

As eleições de 2018 ficarão sempre marcadas pelo fortalecimento do discurso de ódio às minorias, pelos ataques à luz do dia e na calada da noite e pela enorme fissura constitucional que vai se alongando sob os nossos pés. O Brasil está rachado, as pessoas divididas e o futuro cheio de incertezas, com nossas inseguranças e medos amplificados – ou até mesmo personalizadas em uma figura real ou mais. Com esse pano de fundo, entre tentativas de reunir forças e resistir à distopia, como falar sobre inclusão? Você poderá encontrar algumas respostas possíveis a esse questionamento nos domínios digitais da Matilda durante os meses de novembro e dezembro – e, quem sabe, encontre também motivos para (r)existir, com muito afeto. Em Gentes, Hermes Souza nos traz a possibilidade de olharmos o mundo pela perspectiva de quem esteve no sistema prisional e subverteu a própria narrativa ao descobrir a arte. Em 2001, criou o Instituto Nova União da Arte (NUA), que oferece aulas de artes plásticas, artesanato e dança para crianças e adolescentes. Nossas páginas receberão as Ilustres criações de Ariel Nobre, artista, ativista e homem trans que renasceu após um ataque para levar sua mensagem de amor ao mundo. Para criar uma maior compreensão sobre como o mercado de trabalho pode se tornar mais inclusivo, convidamos Iran Giusti, fundador da Casa 1, centro de cultura e acolhimento de LGBTs que foram expulsos de suas casas, para um papo sobre o nosso proceder, sem artificios, no Fundo Verde.   Como o tema aqui é Inclusão, nossa Colab do mês não poderia ser outra: a Virada Inclusiva. Além de apoiar o evento, a Matilda abre seu espaço para a criação de textos, fotos e vídeos pela equipe super inclusiva que compõe a comunicação da Virada.   *** Se o momento político do país vai nos levar a uma autocrítica real e efetiva, ainda estamos longe de saber. Mas a Matilda acredita num projeto de país em que a Inclusão seja um direito fundamental e irrestrito. Não podemos deixar nada para trás, nenhuma pessoa ou direito. Só assim vamos voltar a mover as engrenagens que fazem o mundo girar na direção certa.