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matilda — 15 de outubro de 2019

Marcha das Mulheres Indígenas e Marcha das Margaridas: o encontro de forças exponenciais

O dia 14 de agosto de 2019 ficou marcado na História do Brasil como um grande marco da luta pelos direitos das mulheres. Mais de 140 mil mulheres da floresta, do campo, indígenas e quilombolas somaram um grande movimento na esplanada dos ministérios. A primeira Marcha das Mulheres Indígenas, se juntou à Marcha das Margaridas, que já está em sua sexta manifestação. 

Vale lembrar que a confirmação para participar do movimento em Brasília ocorreu após plenária no Acampamento Terra Livre, em abril deste ano. No minidocumentário Gigantes no ATL, a Matilda acompanhou os momentos que antecederam a tomada de decisão do Movimento de Mulheres do Xingu a participar da ação em Brasília.

Ao todo, mais de três mil mulheres de povos de diversas regiões do País foram participar da primeira Marcha das Mulheres Indígenas. As ações de resistência e reivindicação tiveram como foco o combate ao desmonte do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (Sasi – SUS), que garante atenção básica de saúde às comunidades indígenas. 

De acordo com o Conselho Indigenista Brasileiro, vários dos 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) distribuídos por todo o país não contam com verba para a compra de medicamentos, transporte, realização de exames e outros serviços de saúde básica que eram prestados às comunidades indígenas.

As manifestações que uniram os dois movimentos ocorreram ao longo de três dias e seguiram roteiros de protestos direcionados em Brasília. No primeiro dia, o movimento se dirigiu à sede da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), instituição responsável por coordenar e executar as políticas de saúde ao povo indígena. 

No segundo dia, a Marcha das Mulheres Indígenas iniciou seu percurso de protesto pela capital federal defendendo a demarcação de terras e a manutenção de direitos básicos à saúde. O terceiro dia marcou o encontro das duas marchas. O levante dessas mulheres construiu um movimento potente que destacou ao mundo que as vidas das mulheres indígenas e do campo importam. 

Matilda acompanhou o desdobramento dessa caminhada que começou no Acampamento Terra Livre. Assista ao minidocumentário: