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matilda — 5 de dezembro de 2019

Luzinha Noleto: “Aceita, abraça e vamos ser sustentáveis. Precisamos”

A produtora Luzinha Noleto é implacável ao tentar definir sua atividade profissional que, para ela, precisa oferecer um prazer que vá além de apenas pagar os boletos no final do mês. “Eu resolvo coisas e conecto pessoas. Amo fazer o que faço, mas é só trabalho”, destaca. Neste contexto, trabalhar com produção é mais do que viabilizar ideias, mas sim, possibilitar encontros. 

 

No ensejo de fazer da produção de eventos uma atividade mais humana e protagonizada por mulheres, ela criou a Luz.is, sua própria produtora de eventos. Com a missão de criar “design de experiências com impacto positivo”, a empresa tem sido procurada por marcas de diferentes segmentos por seu princípio que une a valorização das experiências humanas e sustentabilidade na prática.

 

Segundo a produtora, cada vez mais as marcas têm apoiado a preocupação com resíduos, por exemplo. “Não foi esse o lugar [de se posicionar sobre sustentabilidade] que eu idealizei inicialmente para a Luz.is ou para mim. De uma forma muito errada, as pessoas acham que sustentabilidade é meio ambiente. Sustentabilidade é, inclusive, dinheiro e se há desperdício de dinheiro, aquilo não está sendo sustentável. Essa palavra é muito mal empregada, mas a sustentabilidade está em vários lugares fora dessa ideia convencional”, diz.

 

Durante o papo no Fundo Verde, Luzinha abordou alguns tabus presentes na dinâmica do mercado e a dificuldade das marcas em entenderem que a inclusão e a busca por equidade são irreversíveis em um mercado historicamente desigual. 

 

“Pela primeira em muitos anos temos vozes diferentes da voz que sempre nos guiaram na sociedade. Agora a lição é escutar essas vozes e entender como uma marca aplica isso — se é porque ela entendeu um nicho de mercado, é porque ela esqueceu de se comunicar com essas vozes durante muitos anos”, conclui.

 

Confira a conversa na íntegra no vídeo abaixo: