

Mini-doc acompanha o Movimento das Mulheres do Xingu no Acampamento Terra Livre 2019
Essa é a história de duas mulheres, Watatakalu Yawalapiti e Carol Gavazzi. Uma parceria de amizade entre uma líder indígena e uma publicitária. Essa junção de forças aparentemente opostas, mas direcionadas para a mesma causa, só poderia resultar em algo revolucionário.
E é com orgulho que lançamos o mini-doc Gigantes no ATL, que vem reforçar o ativismo das mulheres indígenas. Esse é o resultado da segunda produção da parceria da Matilda com o Movimento de Mulheres do Xingu. Começamos com a realização do filme-manifesto “Gigantes pela própria natureza”, estreado durante o ATL deste ano, em Brasília, que foi um marco da mobilização das mulheres indígenas. Assista ao filme e conheça todos os envolvidos na produção aqui.
Gigantes no ATL é o registro da ação das mulheres nas manifestações pelos direitos dos povos originários, e que já trouxe vitórias. O governo recuou com a saída da Funai do Ministério da Justiça, que iria também retirar o direito do órgão nas demarcações de terras, assim como as medidas drásticas da municipalização da saúde, que agora irá permanecer nas tribos.
São vitórias conquistadas com luta e resistência. Mas ainda não acabou. É só o começo do movimento das mulheres indígenas. “Precisamos chamar mais mulheres de outros povos para se unirem a nós”, clama Anna Terra, uma das líderes femininas, representante do Alto Xingu. “As mulheres indígenas ainda são minoria dentro da luta dos povos originários”. É preciso ter mais representatividade para que elas conquistem o seu espaço e tenham direito a sua voz.
Marcha para o STF
Marcha contra o Recurso Extraordinário (RE) 1.017.365, que tramita no Supremo Tribunal Federal. O pedido de reintegração de posse movido pela Fundação do Meio Ambiente do Estado de Santa Catarina (Farma) contra Funai e indígenas do povo Xokleng pode abrir novo precedente contra a demarcação e reconhecimento das terras indígenas no país.